O que os câmbios automáticos, automatizados tem em comum?
Será que compensa trocar o Manual que permite maior controle do veículo ou por um câmbio CVT que traz conforto e economia, porém sem o entusiasmo das trocas de marcha?
Talvez continuar com o tradicional e padrão automático com conversor de torque que une o conforto, com significativa economia de combustível (em determinados modelos) e cada vez mais presente nos veículos novos.
Cada modelo possui suas vantagens e desvantagens, é isso que mostraremos nesse artigo para lhe ajudar a decidir qual o melhor para você.
Quando pensamos em câmbio manual, muito torcem o nariz para tal, porém há quem goste (não são poucos) e que apreciam e não trocam a sensação de ter controle total das rotações por um câmbio CVT, que é totalmente voltado para o conforto e economia, pois não existem trocas “físicas”, apenas simulando com o uso de 2 polias.
Confira mais sobre esse funcionamento em nosso artigo completo sobre câmbio CVT.
Câmbio – Automático | Automatizado | Manual
Transmissão do veículo
O câmbio ou sistema de transmissão, é um dos conjuntos mais importantes do carro, trabalhando diretamente com o motor.
O câmbio é responsável por permitir o fornecimento de energia do motor para as rodas, fazendo com que o carro se locomova.
Existem 3 tipos de transmissão, a automática, automatizada e a manual, e cada uma delas é composta por itens diferentes, e funcionam de maneiras diferentes.
Entretanto, no final nas contas, todos tem o mesmo objetivo.
Como funciona o câmbio manual?
O câmbio manual funciona com uma caixa de marchas que conta com um determinado número de velocidades, em geral, 5 ou 6 para frente e 1 ré.
A seleção da marcha é feita manualmente após o acionamento do pedal da embreagem, utilizado para desconectar o motor do câmbio.
As marchas são engatadas por meio de engrenagens que são deslocadas pelo movimento direto da alavanca no interior do carro.
Sem a progressão das marchas, o motor seria restrito até determinada rotação por minuto, normalmente os veículos “cortam giro” entre 6500 e 7000 giros para proteger o motor do desgaste excessivo e altas temperaturas.
Sem contar o consumo de combustível, que é consideravelmente maior em altas rotações, podendo se economizar até 50% em trajetos de rodovia, dependendo da RPM do motor.
A função das relações da transmissão é multiplicar e dividir o torque do motor.

É preciso lembrar que existe a rotação do motor e a rotação final, que é transmitida do câmbio para as rodas.
Quando engatado em 1ª marcha, significa que o motor gira mais vezes do que a rotação final.
Ou seja, a força está sendo multiplicada. Na 5ª marcha, o motor está em menor rotação do que o câmbio.
Isso indica que a força é menor, mas a velocidade, maior.
Veículos com esse conjunto de câmbio manual representam a grande parte dos que estão em circulação em nosso país.
Isso vem mudando com as tantas opções de carros 0 km automáticos com valores mais acessíveis.
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Como é o funcionamento do câmbio automatizado?
O câmbio automatizado tem o funcionamento muito parecido com o tradicional câmbio manual, e os mesmos componentes, como a embreagem e a caixa de marchas.
Entretanto, existem sensores que verificam continuamente as rotações do motor e enviam sinais para os atuadores, realizando as mudanças de marchas automaticamente.
De maneira mais clara, é como se um robô apertasse o pedal da embreagem e selecionasse a marcha na alavanca.
As montadoras Fiat, Volkswagen, Chevrolet e Ford já produziram esse tipo de câmbio, são eles respectivamente:
- Dualogic
- iMotion
- Easytronic
- PowerShift
Para um desenvolvimento melhor do câmbio automatizado, existe o de dupla embreagem, com trocar rápidas, praticamente imperceptíveis, melhorando consideravelmente a aceleração.
Nesse sistema, dois discos de embreagem trabalham em conjunto, engatando as marchas seguintes e reduzindo os intervalos e os trancos na hora da troca.
As marchas pares e a ré ficam sob o controle de uma embreagem e as ímpares ficam com a outra.
Além do custo de aquisição menor, a manutenção também costuma ser mais em conta, pela facilidade ao encontrar peças e disponibilidade de mão de obra.
Este modelo de câmbio não causa grande impacto no consumo de combustível.
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Como funciona o câmbio automático?
O câmbio automático funciona com componentes especialmente projetados para sua função.
A transmissão automática foi desenvolvida para superar o problema de descontinuação de potência na transmissão manual e usa um arranjo de conjunto de engrenagens planetárias em vez de um par de engrenagens simples.
É possível verificar que um conjunto de engrenagens planetárias tem duas entradas e uma saída.

O princípio básico da transmissão automática é simples, basta varias essas duas velocidades de entrada e terá diferentes velocidades de saída.
Para alcançar esse objetivo, é introduzido mais um conjunto planetário, a saída do segundo conjunto, é conectada com uma das entradas do primeiro conjunto.
O portador do segundo conjunto e o anel do primeiro conjunto são uma única unidade, isso forma um mecanismo automático e simples.
Quais as principais diferenças entre esses sistemas?
Embreagem
- Manual: acionada por pedal.
- Automatizado: acionada por atuadores hidráulicos.
- Automático: no lugar da embreagem existe o conversor de torque.
Número de marchas
- Manual: 5 a 6
- Automatizado: 5 a 6
- Automático: 4 a 10
Tipo de engrenagem no câmbio
- Manual: Seção de entrada, intermediário e saída com dentes helicoidais
- Automatizado: Seção de entrada, intermediário e saída com dentes helicoidais
- Automático: engrenagens planetárias.
Vantagens de cada modelo:
Manual
- Fácil reparo
- Baixo custo
- Mecanismo simples
- Permite maior controle do veículo
Automatizado
- Mais confortável do que o manual.
- Manutenção mais simples, se comparado com o automático.
- Preço mais acessível do que o automático.
Automático
- Maior conforto em trânsito intenso
- Movimento suave
- Permite que o motorista se concentre mais no trânsito.
- Trocas de marcha imperceptíveis.
- Fluxo de potência constante
Desvantagens:
Manual
- Cansativo para motoristas que dirigem por muitas horas seguidas
- Consumo de combustível elevado em trocas de marchas feitas de forma inadequada em altas rotações do motor
Automatizado
- Há um leve atraso nas mudanças de marcha, dependendo do modelo.
- Podem ser sentidos alguns trancos nas trocas de marchas, principalmente em aclives se o sistema não estiver operando normalmente
Automático
- Preço elevado, se comparado com o manual.
- Exige manutenção especializada.
- Consumo de combustível levemente maior por haver o conversor de torque, gerando calor e diminuindo a eficiência energética.
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